Câncer no rim: 10 sintomas importantes e como tratar

Médico urologista conversando com seu paciente, homem por volta dos 50 anos, sobre o câncer no rim.

O câncer no rim é o terceiro mais frequente do aparelho genitourinário e representa aproximadamente 3% das doenças malignas do adulto. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afetou 431 mil pessoas em 2020. No Brasil, foram 12 mil casos no mesmo período. Para 2040, a expectativa é que esse número chegue a 666 mil casos no mundo e a 19,7 mil em nosso país.

A patologia é um tipo relativamente comum de câncer, que afeta principalmente homens entre 50 e 70 anos de idade, provocando diversos sinais. Esses sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas do problema e, por isso, é necessário avaliar as características do rim para confirmar o diagnóstico.

Para ajudar quem deseja entender mais sobre o câncer no rim, sintomas recorrentes e formas de tratamento, preparamos esse conteúdo completo. Continue a leitura e saiba melhor sobre essa condição séria, mas que pode ser tratada.

O que é o câncer no rim?

Os rins são órgãos responsáveis pela filtragem do sangue, eliminando impurezas e mantendo o equilíbrio no funcionamento do corpo. Quando células anormais começam a crescer de maneira descontrolada e rápida nos diversos tecidos que compõem os rins, o paciente é diagnosticado com câncer renal.

Conhecido também como hipernefroma ou adenocarcinoma renal, o câncer de rim mais comum é o carcinoma celular renal, representando cerca de 85% dos casos diagnosticados.

Quais são os tipos de cânceres nos rins? 

O câncer no rim que mais acomete os brasileiros é o carcinoma renal de células claras (CRCC). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa patologia pode atingir até 10 pessoas a cada 100 mil habitantes. Entretanto, há cinco principais tipos de câncer renal. São eles:

  • Carcinoma de células renais claras: é o mais prevalente, ocorrendo em aproximadamente 70% a 90% dos pacientes. Este tipo de câncer tem sua origem no canal encarregado de purificar o sangue;
  • Carcinoma papilar de células renais: constitui cerca de 10% a 15% dos casos. Apesar de pequeno e de difícil detecção ao toque, pode obstruir o fluxo urinário e as vias urinárias, gerando desconforto;
  • Carcinoma cromófobo de células renais: responsável por 4% a 5% dos casos, esta doença é indetectável em exames sem a aplicação de corantes azul-escuro ou roxo. Geralmente, apresenta menor agressividade comparado aos demais subtipos;
  • Ductos coletores: acontece de forma mais rara, mas extremamente agressiva, correspondendo apenas a 1% dos diagnósticos. Ele se inicia nas estruturas renais conhecidas como tubos de Bellini;
  • Sarcomatoides: outro subtipo raro e agressivo, abarcando 1% dos casos. Suas características assemelham-se ao carcinoma renal de células claras.

O que causa câncer no rim?

As causas precisas do câncer de rim ainda não foram completamente esclarecidas. Contudo, os profissionais reconhecem diversos fatores de risco que podem elevar a probabilidade de desenvolvimento dessa doença ao longo da vida do paciente. Entre eles, estão: 

  • Tabagismo;
  • Hipertensão arterial;
  • Obesidade;
  • Histórico familiar de tumor renal maligno;
  • Exposição a metais pesados e a materiais usados com frequência na indústria, como asbestos, cádmio e chumbo;
  • Realização de procedimentos relacionados ao rim, como a hemodiálise;
  • Doença de von Hippel-Lindau;
  • Síndrome de Birt-Hogg-Dubé.

Câncer no rim: sintomas iniciais e comuns da doença

O sinal mais comum da condição é a presença de sangue na urina, chamada de hematúria, e também pode ser a causa de outras doenças. Por isso, procure um médico especialista ao notar o indício. Os sintomas de câncer no rim podem incluir:

Câncer no rim: sintomas iniciais e comuns da doença Dor lombar, no abdômen ou dos lados do corpo; Febre inexplicável por algumas semanas; Perda de peso rápida e sem explicação; Cansaço; Inchaço dos pés e das pernas; Massa palpável dos lados do corpo ou na região lombar; Hipertensão arterial de difícil controle.

É importante notar que, muitas vezes, o sintoma de câncer no rim não surge nos estágios iniciais da doença, o que pode tornar seu diagnóstico mais difícil. Portanto, se você apresentar algum desses sinais ou estiver preocupado com sua saúde, é fundamental consultar um profissional para uma avaliação adequada.

Qual exame detecta o câncer no rim?

Agora que você já sabe se o câncer no rim é perigoso, é de extrema importância dizer que a maneira mais usual de diagnóstico são os achados incidentais em exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen. 

Em geral, o diagnóstico definitivo da doença é confirmado com a realização de ultrassonografia e tomografia computadorizada do abdômen. 

Além de diagnosticar o problema, a tomografia é valiosa para determinar o estágio da patologia (avaliando a extensão para outros órgãos) e para planejar o tratamento mais apropriado.

Já a radiografia de tórax é utilizada para avaliar o envolvimento dos pulmões, podendo ser empregada para uma análise mais detalhada em certos casos. A ressonância magnética nuclear é raramente usada na avaliação desses tumores e só é realizada em circunstâncias muito específicas.

A biópsia renal pré-operatória, geralmente, não é realizada, sendo necessária apenas em circunstâncias excepcionais para diferenciar lesões malignas de benignas que não requerem tratamento.

Os fatores prognósticos mais importantes no câncer no rim, que ajudam no planejamento do tratamento e no acompanhamento da doença, incluem:

  • Estágio clínico;
  • Obesidade;
  • Grau histológico (grau de Fuhrman);
  • Tipo histológico;
  • Condição clínica do paciente.

O desempenho clínico é fundamental para determinar o tipo de procedimento e pode influenciar na resposta ao tratamento. 

Os outros fatores prognósticos estão relacionados ao tamanho do tumor no momento do diagnóstico e à agressividade de certos tumores.

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Como é feito o tratamento para câncer no rim?

O tratamento para câncer no rim depende de vários motivos, incluindo o estágio da doença, a saúde geral do paciente e suas preferências individuais. As opções mais comuns incluem:

A intervenção cirúrgica representa o único meio definitivo de cura para o câncer renal. 

Nefrectomia radical

A nefrectomia radical, que implica na remoção completa do rim juntamente com suas camadas externas (fáscia de gerota), glândula adrenal (em casos de tumores grandes ou no polo superior do rim) e linfonodos regionais, é o procedimento padrão para o tratamento dos tumores renais.

Contudo, com o avanço dos métodos de diagnóstico e a detecção cada vez mais precoce de pequenos tumores renais, a nefrectomia radical não é mais a primeira escolha em muitos casos. 

Nefrectomia parcial

A nefrectomia parcial é preferível ao invés da radical, pois envolve a remoção do tumor com uma pequena margem de segurança, preservando o restante do tecido renal.

Os resultados oncológicos da cirurgia parcial são comparáveis aos da nefrectomia radical para tumores selecionados, menores que 4 centímetros e menos agressivos, podendo ser considerados mesmo para tumores maiores em situações anatômicas favoráveis.

Nefrectomia radical laparoscópica

A nefrectomia radical laparoscópica é uma abordagem inovadora que oferece os mesmos níveis de cura que a cirurgia aberta, mas com menos invasão, menor morbidade e tempo reduzido de internação, além de um benefício estético devido às incisões menores.

Embora o procedimento laparoscópico também possa ser usado para nefrectomia parcial em casos selecionados, os índices de complicações ainda são maiores do que na cirurgia aberta.

Outras metodologias

Além disso, há métodos de tratamento que visam destruir o tumor renal usando crioterapia (congelamento) ou radiofrequência (calor), bem como técnicas minimamente invasivas que usam agulhas em circunstâncias especiais.

Em pacientes com câncer no rim com metástase, tratamentos sistêmicos como imunoterapia ou agentes inibidores da angiogênese podem ser utilizados, isoladamente ou em conjunto com a intervenção cirúrgica, para controlar e regredir a doença.

É importante notar que o câncer renal, normalmente, não responde bem à quimioterapia e radioterapia.

Recentemente, os agentes inibidores da angiogênese surgiram como uma opção terapêutica principal para pacientes com doença metastática, demonstrando índices de resposta bastante promissores.

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Câncer no rim tem cura?

Já sabemos que o câncer no rim é grave, mas também é possível afirmar que a doença tem cura. Todavia, é necessário diagnosticá-la de forma rápida para melhorar as taxas de sucesso dos tratamentos. 

Dessa forma, as chances podem chegar a até 90%. Quando o tumor está localizado apenas em uma parte do órgão, o especialista pode optar pela retirada total do parcial do rim. 

Tratamento para câncer no rim com o Dr. Jonathan Cha

Se você acha que depois de entender sobre se o tumor no rim é câncer e como tratar essa condição, está precisando de um atendimento especializado com um urologista, conheça o Dr. Jonathan Cha. 

O Dr. Jonathan Doyun Cha é especialista nos tratamentos clínicos e cirúrgicos dos problemas urológicos, como a litíase renal, oferecendo diagnóstico preciso e atendimento humanizado, com avaliação criteriosa das condições da paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.

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