O PSA é um dos principais exames para detecção precoce do câncer de próstata e outras condições.
Em geral, é solicitado durante uma visita ao urologista, para confirmar ou descartar condições malignas.
Quer saber mais sobre o exame PSA, o que é e para o que serve? Então, fique neste post.
O que é exame PSA?
É um exame que detecta os níveis de PSA (antígeno específico da próstata), que é uma glicoproteína produzida por tecidos cancerosos ou não cancerosos da próstata. Esse antígeno é encontrado basicamente na próstata, onde costuma estar em concentrações elevadas, e em pequenas quantidades no sangue.
Portanto, é normal que o antígeno esteja presente no sangue, porém, quando o exame detecta um PSA elevado na corrente sanguínea, pode indicar a presença de um tumor maligno na glândula.
Porém, outras condições podem elevar essa glicoproteína no sangue, como uma hiperplasia prostática benigna (próstata aumentada) ou até mesmo prostatites, que são infecções na glândula.
Além disso, outras condições também são responsáveis por elevar o PSA, como:
- Infecção urinária ou genital;
- Episódio de retenção urinária;
- Exercícios vigorosos;
- Sexo anal;
- Uso de medicamentos;
- Uso de cateteres urinários;
- Realização de biópsia, ultrassonografia transretal ou cirurgia da próstata.
Nem sempre o PSA exame vai indicar o câncer de próstata. Por isso, deve ser complementado por outras ferramentas de diagnóstico, como o exame toque retal, que investiga a existência de alterações na próstata, e os testes de imagem.
Leia mais:
PSA: exame é indicado a partir dos 45 anos
Em geral, o PSA exame é solicitado pelo médico de próstata especialmente após os 45 anos, quando os homens começam a desenvolver algumas patologias ligadas à glândula.
No entanto, homens que possuem antecedentes de câncer de próstata na família ou são de etnia negra podem começar a realizar o teste a partir dos 40 anos, para começar um acompanhamento mais constante.
Esse é um exame importante porque pode ajudar na detecção precoce do câncer de próstata, que costuma ser silencioso e só revela sintomas em estágios mais avançados, quando o tratamento pode ser mais complicado.
Mas o exame de PSA também é utilizado para o acompanhamento de pacientes que já trataram a neoplasia da próstata. Acompanhar esses marcadores com frequência pode auxiliar que o tratamento das possíveis recorrências comece mais cedo e evite que a patologia atinja estágios mais graves.
Assim, homens que estejam na faixa etária mencionada acima ou com quadros de tratamento de neoplasias devem realizar esse exame ao menos uma vez ao ano.
Como é feito o exame PSA?
Existem muitas dúvidas em torno da realização do exame, por exemplo: qual o preparo para fazer exame de psa? O exame de PSA precisa de jejum? Quanto tempo de abstinência para fazer exame de PSA?
O procedimento é simples, basta a coleta de uma pequena amostra de sangue.
Para o exame de PSA, a preparação envolve que o paciente não tenha realizado essas atividades abaixo por 48 a 72 horas antes da coleta:
- Relações sexuais;
- Ejaculado (mesmo na masturbação);
- Exercícios que forcem o períneo (andar de bicicleta, por exemplo);
- Ter se submetido ao exame de toque retal.
Além disso, é necessário um jejum de no mínimo 3 horas antes de realizar o exame.
Exame PSA total e livre
O PSA pode ser detectado no sangue de duas formas: ligado a outras proteínas ou não (livre). Assim, para avaliar as condições da próstata, o médico necessita avaliar duas métricas: o PSA livre e o PSA Total (que é a soma do PSA Livre e do PSA ligado a outras proteínas).
Avaliar os resultados dos exames de PSA total e livre é fundamental porque quando o PSA total indica uma quantidade acima da normalidade, o urologista vai necessitar dos marcadores do exame de PSA livre, para refinar o diagnóstico.
A quantidade de PSA no sangue é medida em nanogramas por mililitro de sangue (ng/ml). Classicamente, um PSA entre 4,0 ou 10 ng/ml era considerado suspeito da existência de um câncer, mas atualmente, é preciso que o urologista investigue outras condições.
Os exames dos homens abaixo de 65 anos que estão com marcadores menores do que 2,5 ng/ml, ou aqueles acima de 65 anos, que tenham exames marcando abaixo dos 4,0 ng/ml, podem ser avaliados com uma próstata saudável.
Além disso, quando a relação entre PSA total e livre fica acima de 15% há um indicativo de aumento benigno da próstata, já quando essa relação é menor que 15%, pode haver um indício de malignidade na glândula.
Mesmo assim, é preciso observar outras referências já que os mesmos valores de PSA podem indicar condições diferentes entre os pacientes.
Outras métricas também se tornam importantes para o diagnóstico, como a densidade e velocidade de duplicação do antígeno, PSA da zona de transição e PSA em função da idade.
A partir do resultado do exame de PSA, o médico vai encaminhar para o tratamento.
Caso seja uma próstata aumentada, pode envolver medicamentos, mudanças de hábitos de vida e até cirurgia. Já no caso das prostatites, o tratamento prevê o controle das infecções com uso de antibióticos.
Se o diagnóstico for um câncer de próstata, diversas abordagens terapêuticas podem ser analisadas em função das condições individuais do paciente.
Leia mais:
Conclusão
Os resultados do exame de PSA só devem ser analisados por um médico urologista, porque depende de muitas variáveis para um diagnóstico preciso.
Caso esteja com dúvidas, não tenha receio de procurar o especialista, apenas esse profissional poderá avaliar o seu quadro com precisão.
Importante também é buscar esse especialista o quanto antes, porque o tratamento precoce de qualquer condição costuma produzir melhores resultados.
O Dr Jonathan Doyun Cha é especialista nas condições da próstata e busca oferecer sempre um atendimento humanizado, diagnóstico preciso e o melhor tratamento de forma individualizada, para devolver o bem-estar e tranquilidade do paciente.