Hiperplasia prostática benigna: um termo que pode soar assustador para muitos homens, mas o quão grave é realmente essa condição? A HPB, é uma doença comum entre indivíduos mais velhos, caracterizada pelo aumento benigno da próstata.
Embora seja um problema urológico não cancerígeno, pode causar uma série de sintomas desconfortáveis e impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Veja neste texto se já está na hora de avaliar se houve um aumento benigno da sua glândula e procurar um especialista no assunto. Acompanhe todas as informações no conteúdo!
O que é hiperplasia prostática benigna?
A hiperplasia prostática benigna (HPB), que também é conhecida como hipertrofia prostática benigna ou obstrução prostática benigna, é o aumento da próstata e do tecido circundante, mas como o próprio nome já sugere, não é um câncer. É uma condição natural que ocorre com os homens no envelhecimento.
A próstata é uma glândula que integra o sistema reprodutor masculino e envolve a uretra no colo da bexiga. É responsável pela produção de um líquido alcalino que enriquece o sêmen. Esse fluido é fundamental para a fertilidade masculina.
A glândula passa por dois momentos de aumento ao longo da vida: a primeira é na puberdade, e a segunda é a partir dos 25 anos, quando começa uma expansão contínua.
No entanto, a partir dos 40 anos, esse crescimento se acelera, tanto que dos 51 aos 60 anos, 50% dos homens já podem perceber os sintomas da hiperplasia.
Em um homem adulto, o tamanho normal da próstata é semelhante ao de uma noz, ou seja, mede, aproximadamente, 3 cm de altura e 2 cm de largura, com um volume de 15 a 20 gramas. Já aos 70 anos, quando cerca de 70% dos homens já manifestam a HPB, a glândula pode chegar a um tamanho de 40 a 50 gramas.
Embora não vá se transformar em um câncer, a hiperplasia prostática benigna pode trazer sintomas bastantes desconfortáveis para os homens, porque promove uma obstrução total ou parcial da uretra.
O que causa hiperplasia prostática benigna (HPB)?
Apesar de ser uma condição própria do envelhecimento, alguns fatores de risco também podem desencadear esse problema urológico, como:
- Hereditariedade;
- Sedentarismo;
- Certas condições médicas, como obesidade e diabetes, histórico familiar e alterações genéticas;
- Alterações hormonais: aumento do estrogênio e da testosterona.
Hiperplasia prostática benigna: sintomas
Os sintomas da hiperplasia prostática benigna vão surgindo à medida que a glândula vai crescendo e comprimindo a uretra, que é o canal por onde a urina passa ao sair da bexiga para ser eliminada.
A partir desse crescimento pode haver um bloqueio da uretra e a parede da bexiga também fica mais espessa e sobrecarregada ao tentar empurrar a urina para a região que está obstruída.
Nem sempre os homens que estão com hiperplasia terão todos os sinais, mas, quando manifestados, são:
Além disso, devido à obstrução total ou parcial causada pela hiperplasia prostática benigna, o paciente pode correr alguns riscos, como:
- Cálculos de bexiga;
- Infecções urinárias de repetição;
- Insuficiência renal.
É importante observar que nem todos os indivíduos com HPB apresentam todos esses sintomas, e a gravidade dos mesmos pode variar de leve a grave.
Se você estiver experimentando algum desses sinais, é essencial procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Quais complicações podem ocorrer a partir da HPB?
Apesar de não ser comum, os homens que estão com a próstata aumentada podem sofrer com outras complicações, como:
- Retenção urinária aguda;
- Retenção urinária crônica;
- Infecções urinárias;
- Danos nos rins, entre outros.
Entre as complicações, muitos pacientes também desejam saber se próstata aumentada causa impotência, mas, a resposta é que diretamente não, especialmente se o aumento ainda for pequeno.
Porém, se a glândula estiver muito aumentada pode comprimir nervos responsáveis pela ereção e prejudicá-la.
Mas, afinal a hiperplasia prostática benigna causa impotência?
A próstata, em sua essência, não está diretamente ligada à função erétil de um homem. No entanto, quando ela se encontra aumentada, pode ter repercussões na vida sexual.
No entanto, pesquisas indicam que indivíduos com HPB têm uma probabilidade maior de experimentar sintomas de disfunção erétil em comparação com aqueles que não sofrem com essa condição.
Isto é, com o aumento muito grande de suas dimensões, a glândula pode prejudicar a potência sexual e ainda causar mudanças na ejaculação.
Leia mais sobre:
Próstata aumentada causa impotência
Como é realizado o diagnóstico para hiperplasia benigna prostática?
A hiperplasia benigna prostática tem cura, basta buscar um urologista para consultas e exames. O especialista irá realizar uma anamnese aprofundada, para conhecer o histórico médico do paciente e fazer o exame de toque retal, que já possibilita saber se houve aumento da glândula.
Porém, outros exames médicos irão refinar o diagnóstico e descartar outros problemas, como:
- Exame de sangue do antígeno específico da próstata (PSA);
- Testes urodinâmicos;
- Uroanálise;
- Cistoscopia;
- Ultrassonografia transretal e transabdominal;
- Biópsia transperineal e transretal.
Hiperplasia prostática benigna: tratamento
Para os indivíduos que se perguntam acerca de como tratar hiperplasia prostática benigna, é válido ressaltar que o urologista irá elaborar o melhor planejamento terapêutico de acordo com a gravidade dos sintomas do paciente.
O procedimento para hiperplasia benigna da próstata pode ser desde uma mudança no estilo de vida à indicação de medicamentos ou intervenções cirúrgicas.
Para alguns pacientes, a abordagem medicamentosa pode ser suficiente. Com medicações isoladas ou combinadas, podem ser prescritos alfa-bloqueadores para promover relaxamento da musculatura da próstata e do esfíncter, ou os inibidores das 5 alfa-redutase, que podem estimular a diminuição da glândula.
No geral, o remédio para hiperplasia prostática benigna pode ter as seguintes classificações:
- Bloqueadores alfa: promovem relaxamento da musculatura lisa da próstata e do colo da bexiga para melhorar o fluxo da urina;
- Inibidores da fosfodiesterase-5: classe de medicamentos também usada para disfunção erétil, pode relaxar a musculatura lisa dos órgãos do trato urinário inferior;
- Inibidores da 5-alfa redutase: remédios que bloqueiam a produção da DHT;
- Medicações combinadas: associação de 2 ou mais classe de medicamentos podem promover melhores resultados no alívio dos sintomas.
Já em outras situações, de acordo com o tamanho da glândula e condição do paciente, o tratamento cirúrgico será a melhor prescrição, que pode ser feito por via aberta, laparoscópica, robótica ou endoscópica.
Saiba mais:
Como é feita a cirurgia de próstata aumentada
Quais cirurgias são indicadas para hiperplasia prostática benigna?
Quando existem episódios de retenção urinária ou os remédios não produzem efeito, a melhor abordagem será a cirúrgica para o tratamento da hiperplasia prostática benigna.
Essas intervenções podem envolver técnicas minimamente invasivas ou abertas (quando há incisões), para promover a retirada do tecido aumentado e devolver o bom funcionamento do sistema urinário. A abordagem mais adequada vai depender das necessidades individuais.
RTU da próstata
Também chamada de ressecção de próstata, é uma cirurgia minimamente invasiva. O procedimento é realizado com um endoscópio que atravessa a uretra para alcançar a glândula.
Com o ressectoscópio, é feito uma raspagem da próstata, cortando pedaços da glândula e promovendo a desobstrução da uretra. Com isso, o miolo do órgão é retirado por meio de eletrocauterização.
Na maioria dos casos, os pacientes que passam por uma RTU relatam apenas desconfortos ao urinar após a cirurgia. O tempo de internação e recuperação é bem menor do que em outras intervenções.
Entretanto, existe um certo risco do paciente desenvolver ejaculação retrógrada após realizar o procedimento.
Cirurgias a laser
A cirurgia para hiperplasia benigna da próstata a laser não necessita de incisões no corpo do paciente. Dessa forma, essas intervenções consistem em introduzir um escopo de fibra óptica na uretra do indivíduo e retirar o tecido expandido com a ação do laser.
São três métodos diferentes: a técnica HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate), a GreenLight Laser e ThuFLEP – Thulium Fiber Laser Enucleation of Prostate.
Ambas são indicadas para casos mais avançados de hiperplasia prostática benigna.
As cirurgias a laser são realizadas com um ressectoscópio, que é um pequeno aparelho cilíndrico, introduzido na uretra.
Na HoLEP, o aparelho é introduzido na uretra e ondas de choque provocadas pelo laser irão dissecar o tecido prostático que está obstruindo o canal da urina.
Além da fragmentação, o aparelho também faz aspiração de todo o adenoma da próstata para realização de biópsia. Essa técnica é indicada para próstatas de todos os tamanhos.
Para glândulas de tamanho médio, a indicação é a técnica Greenlight, que faz uma vaporização prostática fotodinâmica. O laser destrói toda a camada interna da próstata.
Já o ThuFLEP favorece uma enucleação endoscópica da próstata, com excelente hemostasia de primeira passagem, corte preciso e versatilidade para tratar tumores de bexiga, cálculos e estenose uretral.
A seguir, conheça as vantagens do tratamento a laser:
- Além de uma recuperação mais rápida do que em uma cirurgia aberta, o laser proporciona risco menor de complicações, menos dor e sangramentos;
- Além disso, a alta hospitalar também é mais rápida: a maioria dos pacientes costumam ficar internados apenas por 24 horas, já outros saem da internação no mesmo dia.
Outro grande benefício pós-cirúrgico é um ótimo resultado para retorno do fluxo urinário, diferenciando-se ainda mais do procedimento cirúrgico tradicional aberto.
Intervenção cirúrgica robótica nos casos de HPB
A cirurgia via robótica também pode ser recomendada em alguns casos de HPB. O procedimento consiste na remoção da próstata de forma parcial, mantendo sua cápsula.
Essa intervenção, também denominada de prostatectomia simples, é indicada para pacientes com próstatas muito grandes, normalmente acima de 150 gramas.
A abordagem cirúrgica é realizada pela técnica laparoscópica por vídeo com o auxílio de braços robóticos de ampla praticidade, ou seja, o robô é manuseado pelo próprio cirurgião por meio de um computador instalado na sala de operação.
Cirurgia de hiperplasia prostática benigna: pós-operatório e período de recuperação
Ao realizar a cirurgia para hiperplasia benigna da próstata, o paciente deverá sair do centro cirúrgico com um cateter no pênis, para ajudar a drenar a bexiga.
Seja qual for a abordagem utilizada para a remoção do tecido prostático, muito provavelmente, o local onde foi realizado a incisão ou passou o escopo ficará dolorido por alguns dias.
Além disso, é importante lembrar que alguns desconfortos no pós-operatórios são normais, como:
- Irritação urinária;
- Sangue na urina;
- Inflamação do tecido residual da próstata, etc.
Mas, não significa que todos os homens terão esses problemas no pós-operatório. Vai depender muito da condição de saúde do paciente e até da disciplina para seguir as orientações médicas na recuperação.
De qualquer forma, os pacientes recebem prescrição de analgésicos e antibióticos para evitar o agravamento desse quadro pós-operatório.
Como prevenir a hiperplasia prostática benigna?
Mesmo que o crescimento da próstata aconteça de forma natural ao longo dos anos, existem algumas medidas que podem ajudar que a condição não assuma proporções importantes, como:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Ter uma dieta equilibrada;
- Parar de fumar;
- Evitar ou reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína.
Conclusão
Se você já atingiu a meia-idade ou está com os sintomas da hiperplasia prostática benigna deve procurar um urologista imediatamente.
Ao revelar sua condição ao médico e fazer exames, têm a oportunidade de começar a tratar o problema na fase inicial, quando as abordagens podem ser mais simples e a recuperação mais eficaz.
O Dr. Jonathan Doyun Cha tem vasta experiência como urologista, promove diagnóstico preciso e tratamento da hiperplasia prostática benigna de forma eficaz e segura.
Tratatamento hiperplasia prostática benigna é com o Dr. Jonathan Cha
Quem está com hiperplasia prostática benigna fica com o bem-estar e a qualidade de vida prejudicados. O ideal é procurar um urologista o quanto antes para começar um tratamento adequado para eliminar esses sintomas e desconfortos.
O Dr Jonathan Doyun Cha é especialista nos tratamentos clínicos e cirúrgicos da HPB, oferecendo diagnóstico preciso e atendimento humanizado, com avaliação criteriosa das condições do paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.
Quer entender como curar hiperplasia prostática benigna?
Entre em contato conosco e agende uma consulta!