Entenda mais sobre essa doença silenciosa e que afeta homens a partir dos 50 anos.
O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo muito registrado em homens depois dos 50 anos. Em geral, essa é uma doença lenta e silenciosa, que não costuma trazer muitos sintomas em seus estágios iniciais.
É por essa razão que os médicos solicitam, frequentemente, que os pacientes busquem realizar exames preventivos periódicos a partir dos 50 anos. Homens com histórico familiar de câncer de próstata ou de descendência africana, por sua vez, devem iniciar as avaliações a partir dos 45 anos.
Principais sintomas do câncer de próstata
De acordo com dados estatísticos do INCA, em 2020 foram registrados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil, correspondendo a 29,2% dos casos de tumores em homens. Ainda segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, foram identificadas 15.983 mortes em consequência da doença em 2019.
Por isso, é fundamental não só realizar os exames preventivos, como também ficar atento aos principais sintomas que o câncer de próstata traz. Na fase inicial, a doença evolui de maneira silenciosa, com sinais semelhantes ao crescimento benigno da próstata, como dificuldade em urinar ou uma necessidade incomum de urinar durante o dia ou durante a noite.
Já na fase avançada, o paciente pode apresentar dor óssea, além dos sintomas urinários, e infecção generalizada ou insuficiência renal. Outros sinais podem ser:
- Presença de sangue no sêmen;
- Dor na região dos testículos ou perto do ânus;
- Sensação de bexiga cheia, mesmo depois de urinar;
- Jatos fracos de urina;
- Impotência sexual;
- Dificuldade para começar a urinar.
Além do mais, quando o câncer se espalha para outros órgãos do corpo, é comum a presença de outros sintomas menos característicos, tais como uma dor frequente nas costas, fraqueza nas pernas ou ainda insuficiência renal. O tratamento em estágios mais avançados é mais difícil, mas ainda assim é indispensável buscar o médico o quanto antes para que ele avalie a extensão da doença.
É evidente que nem sempre esses sinais vão significar um câncer de próstata, levando em consideração que existem outros problemas na região, tais como prostatite e hipertrofia benigna da próstata. Por isso, é de fundamental importância buscar ajuda médica tão logo o paciente identifique anormalidades no trato urinário.
Como confirmar o diagnóstico
Conforme já anteriormente mencionado, o câncer de próstata, por ser silencioso em estágio inicial, requer que o paciente faça exames preventivos. E a melhor forma de confirmar o diagnóstico é a realização de um exame de toque retal — ou então, através do exame de sangue PSA.
Quando o PSA se apresenta muito alterado, a próstata precisa ser investigada com uma biópsia, que irá remover pequenos pedaços do órgão, para que estes sejam avaliados em laboratório.
Estágios do câncer de próstata
Quando o câncer de próstata é confirmado, é preciso que o médico identifique a progressão da doença para escolher o melhor tratamento possível. Os estágios do tumor são:
- T1: câncer não identificado nos exames;
- T2: tumor primário, limitado à próstata;
- T3: é quando a doença afeta também a cápsula prostática e as vesículas seminais;
- T4: aqui, o câncer invade outras estruturas próximas;
- N0: inexistência de metástases nos nódulos linfáticos da região da próstata;
- N1: existência de metástases nos nódulos linfáticos da região da próstata;
- M1: existência de metástases em outros órgãos ou ossos mais distantes da próstata.
Com a identificação do estágio do câncer, torna-se mais fácil que o médico determine a chance de cura para a doença.
Principais causas
A ciência ainda não determinou uma causa específica para o desenvolvimento do câncer de próstata. No entanto, alguns fatores podem ser desencadeantes, tais como a herança genética — quando se tem um pai ou irmão com histórico da doença —, a obesidade, a faixa etária superior a 50 anos e dietas desequilibradas, ricas em gorduras e cálcio.
Além do mais, homens de etnia afro-americana também apresentam duas vezes maior chance de desenvolver o câncer de próstata em comparativo com qualquer outra etnia.
Possíveis tratamentos
O tratamento adequado para o câncer de próstata deve ser feito sob orientação de um urologista, responsável por determinar a melhor solução de acordo com a idade do paciente, a gravidade da doença, patologias associadas e expectativa de vida. Dentre os tipos de tratamento existentes, podemos destacar a cirurgia, também conhecida como prostatectomia.
Esse método é o mais utilizado e consiste na remoção completa da próstata através de uma intervenção cirúrgica, feita com anestesia geral e com duração média de duas horas. Em geral, o paciente necessita de uma internação de dois a três dias.
A cirurgia consiste na remoção da próstata, da uretra prostática, das vesículas seminais e das ampolas dos ductos deferentes. Tal procedimento também pode ser associado à realização de uma linfadenectomia bilateral – que consiste na remoção dos nódulos linfáticos da região pélvica.
Já a radioterapia se baseia na aplicação de radiação em determinadas áreas do órgão, com o objetivo de eliminar as células cancerosas.
Por fim, existe o tratamento hormonal, indicado para casos mais avançados. Aqui, são utilizados remédios para a produção de hormônios masculinos, que contribuem para aliviar os sintomas.
O médico também pode indicar apenas a observação, com consultas regulares que avaliam a evolução do câncer. Esse tipo de tratamento é mais comum quando o tumor está em sua fase inicial e em diminuta evolução, ou quando o paciente apresenta idade superior a 75 anos, por exemplo.
Todos os tratamentos já mencionados para o câncer de próstata podem ser utilizados de maneira individual ou combinadas, a depender do grau de evolução da doença.
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Fontes: