A torção testicular é uma situação em que o testículo se torce em volta do cordão espermático, diminuindo a circulação de sangue e podendo causar lesões sérias nos homens, se não for identificada e tratada precocemente.
Normalmente, essa condição ocorre entre os 12 e 18 anos de idade, mas pode acontecer também durante a infância e na idade adulta, no entanto, com muito menos frequência. Estima-se que 1 em cada 4.000 indivíduos do sexo masculino desenvolvem uma torção no testículo durante a vida.
Além disso, o homem pode apresentar dores agudas e intensas na bolsa testicular, podendo irradiar para a região do abdome e da virilha.
Entenda neste conteúdo como identificar o que pode causar torção testicular e qual é o tratamento mais indicado para esse problema. Boa leitura!
O que é torção testicular?
O cordão espermático, uma estrutura formada pelo epidídimo e os tecidos que o circunda, é responsável por fornecer um fluxo sanguíneo aos dois testículos que ficam localizados dentro do escroto. Sendo assim, quando um dos testículos realiza um giro sobre esse cordão é caracterizada a torção de testículos.
No instante que acontece essa torção do testículo, o fluxo sanguíneo para de circular pelo cordão espermático, produzindo uma dor muito intensa na região escrotal, que pode irradiar para o abdômen e virilha, além de provocar uma inflamação no local, com uma alta chance de acarretar em um dano irreversível ao tecido do testículo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a torção testicular acontece, principalmente, na idade entre 12 e 18 anos, mas também pode atingir homens por volta dos 25 anos e até mesmo crianças ou bebês.
É possível ter uma torção em ambos os testículos?
Sim, é possível que o homem tenha uma torção testicular em ambos os testículos. Porém, essa condição é rara, acontece em cerca de 2% dos casos diagnosticados.
O que causa torção testicular?
A torção testicular suas causas e consequências ainda não estão bem claras. No entanto, o principal motivo deve-se a uma má implantação do tecido que sustenta os testículos, o que permite que eles possam girar livremente dentro do escroto, levando ao surgimento de uma torção.
Vale ressaltar que a torção testicular também pode manifestar-se após um trauma na região escrotal durante a adolescência, quando o crescimento metabólico é muito rápido. Além disso, pode ser uma consequência da prática frequente de exercícios físicos que aumentam o risco de torção.
Torção testicular: sintomas mais frequentes
O principal sinal da torção testicular é a dor forte e intensa em um dos testículos, que pode acontecer em qualquer momento. Contudo, outros sintomas de torção testicular incluem:
- Inchaço do saco escrotal;
- Aumento da sensibilidade no escroto;
- Presença de um testículo mais elevado que o outro;
- Dor abdominal ou nas virilhas;
- Náuseas e vômitos;
- Febre;
- Vontade de urinar frequente.
É de suma importância reforçar que ao identificar algum desconforto ou sintoma citado acima, o indivíduo deve procurar ajuda médica o mais rápido possível, para que seja feita uma avaliação e o tratamento iniciado.
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Como identificar torção testicular?
O diagnóstico para identificar a torção do testículo deve ser feito por um médico urologista por meio de um exame físico nos testículos, bolsa escrotal, virilha e abdômen, além é claro, da avaliação dos sintomas.
Aliás, o profissional para confirmar o diagnóstico, pode solicitar exames complementares, como ultrassom testicular e teste de urina para identificar se há presença de alguma infecção e descartar outras condições de saúde.
Quais são as possíveis complicações da torção testicular?
A verdade é que quanto mais tempo o testículo permanecer em sofrimento, maior é o risco de complicações. Com isso, o tempo entre o início dos sintomas e o pronto atendimento pode levar aos seguintes resultados:
- Se o atendimento for realizado entre as primeiras 6 horas de torção, cerca de 90% dos testículos são salvos sem maiores sequelas;
- Nos casos em que a condição for corrigida entre 12 a 24 horas após o início das dores, a taxa de sucesso é de 20 a 50%;
- Por fim, se o paciente só for tratado após 24 horas de sinais e sintomas, a taxa de sucesso é praticamente mínima.
Uma estatística fundamental e que deve ser relatada é que em cerca de ⅓ dos casos, os homens que não são tratados a tempo, acabam perdendo o testículo.
Mas será que a torção testicular deixa estéril? Sim, a torção testicular unilateral pode sim deixar o homem estéril. Porém, uma grande parte dos pacientes com apenas um testículo funcionante podem ser férteis.
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Como são feitos os tratamentos para torção testicular?
Por ser uma emergência, o tratamento para torção testicular geralmente é o procedimento cirúrgico. Essa é a solução mesmo para os casos em que os pacientes já estão sentindo dores há mais de 24 horas, pois é possível que a torção não seja completa ou o cordão espermático já torceu e distorceu mais de uma vez ao longo das horas.
Durante a análise do diagnóstico, o urologista pode tentar distorcer o testículo de forma manual. Mas, essa alternativa em grande parte dos casos não exclui a necessidade de uma cirurgia, só aumenta a possibilidade de um salvamento do testículo durante a operação.
Como é feita a cirurgia de torção testicular?
A cirurgia para torção testicular é realizada sob anestesia geral. Durante a operação, o médico especialista deve fazer um pequeno corte na bolsa escrotal, depois distorcer o cordão espermático e costurar um ou ambos testículos no interior da bolsa para evitar recidivas.
Nas situações em que o paciente apresentar sinais de necrose durante o procedimento, o urologista deverá fazer uma orquiectomia, remoção do testículo infartado. Essa retirada é essencial para evitar complicações, como infecções, pela presença de tecido morto.
Tratamento para torção testicular em São Paulo
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Afinal, cuidar da saúde do homem pode prevenir muitos problemas graves no futuro, como a retirada completa do testículo.
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