Ressecção transuretral da próstata: quando é indicada?

Paciente, homem por volta dos 65 anos, sentado em uma cama de hospital após passar por uma ressecção transuretral da próstata.

A ressecção transuretral da próstata é um procedimento cirúrgico utilizado para tratar problemas urinários causados pela hiperplasia prostática benigna. 

Essa técnica oferece alívio significativo dos sintomas, melhorando a qualidade de vida dos homens. Mas, afinal, quando é indicada a RTU da próstata? 

Pois bem, neste  post, vamos entender as situações clínicas que levam à recomendação deste método, os benefícios esperados e as considerações importantes para pacientes. 

Por isso, acompanhe o conteúdo abaixo, descubra quando a ressecção transuretral pode ser a melhor opção para o tratamento de distúrbios urinários relacionados à próstata!

O que é ressecção transuretral da próstata?

A ressecção transuretral da próstata é uma intervenção endoscópica que remove partes do tecido prostático e circundantes, que obstruem o canal urinário. 

Em geral, a RTU é um procedimento realizado na glândula para tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB), condição comum entre homens com mais de 50 anos.

Quando a glândula está aumentada, pressiona a uretra, o que causa inúmeros desconfortos ao indivíduo. Com isso, essa abordagem tem como função aliviar os sinais desse quadro.

Para quais casos a ressecção transuretral da próstata é recomendada?

A intervenção cirúrgica é indicada para homens com hiperplasia prostática benigna. Esta condição, conhecida também como próstata aumentada, é mais habitual em indivíduos com mais de 50 anos devido ao envelhecimento. 

Geralmente, as cirurgias são consideradas como último recurso, especialmente, quando o tratamento com medicamentos não apresenta resultados satisfatórios.

O aumento da glândula pode levar a vários sintomas urinários devido à pressão exercida sobre a bexiga e a uretra. Portanto, a ressecção transuretral pode aliviar esses desconfortos que afetam a saúde masculina.

Vale ressaltar que outra indicação para o procedimento é para pacientes que sofrem de retenção urinária e dependem do uso de sonda. Nesse contexto, a técnica deve ajudar de forma significativa, o que reduz o risco de complicações renais.

Pacientes diagnosticados com HPB devem ser submetidos a uma série de exames para descartar outras condições, como infecções do trato urinário, antes de ser avaliada a necessidade de realizar a ressecção transuretral da próstata.

Como é feita a cirurgia de ressecção transuretral da próstata?

A RTU da próstata utiliza um dispositivo endoscópico inserido através da uretra para remover delicadamente as partes aumentadas da glândula prostática. 

Durante o procedimento, o paciente recebe raquianestesia ou anestesia geral para conforto total.

É relevante destacar que o instrumento usado é chamado ressectoscópio, equipado com uma câmera e uma alça. 

Esse dispositivo é cuidadosamente inserido na extremidade do canal urinário, percorrendo-o até alcançar a próstata, sem necessidade de cortes em estruturas ao redor. 

As incisões são feitas exclusivamente na própria glândula. Em seguida, o ressectoscópio é aquecido para remover o tecido prostático em excesso que está contribuindo para os problemas urinários. 

Além dessas etapas, um cateter é inserido para irrigar a bexiga com líquido, garantindo a limpeza dos fragmentos removidos da próstata.

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Ressecção transuretral da próstata: pós-operatório da intervenção cirúrgica

Embora seja minimamente invasiva, é necessário lembrar que a RTU é uma abordagem cirúrgica. Portanto, no pré-operatório, é fundamental realizar testes laboratoriais e avaliações cardíacas.

Inclusive, o urologista pode solicitar exames de ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. 

Se o paciente tiver uma infecção urinária, que é uma das possíveis consequências do método, é preciso tratar a infecção antes de realizar a cirurgia.

A ressecção transuretral é feita em ambiente hospitalar, onde o paciente pode permanecer internado por 2 a 4 dias. 

No dia da intervenção, é imprescindível levar todos os exames solicitados, pois eles serão essenciais para orientar a conduta durante a operação. Por fim, o paciente deve estar em jejum por 8 horas antes da abordagem. 

É indicado que medicamentos para diabetes ou alfa-bloqueadores sejam tomados apenas no dia anterior, enquanto os remédios para pressão arterial podem ser consumidos no mesmo dia da cirurgia.

Como funciona a recuperação de uma ressecção transuretral da próstata a laser?

Após a operação, os pacientes descansam no centro cirúrgico até se recuperarem. Durante o período pós-operatório, é inserida uma sonda de três vias no paciente:

  • Uma via contém água para manter a sonda aberta;
  • A segunda via tem soro fisiológico para prevenir obstruções por coágulos;
  • A terceira via é usada para drenar líquidos (urina e irrigação).

A sonda é mantida por 2 a 3 dias e é removida quando o paciente é liberado do hospital. Contudo, é normal sentir um pouco de desconforto e sangramento leve ao remover o dispositivo.

Para prevenir possíveis complicações, como sangramentos intensos, que podem ocorrer até 30 dias após o procedimento, é preciso evitar esforços nas primeiras duas semanas, fazer caminhadas leves e seguir uma dieta rica em fibras.

Evitar viagens longas, permanecer muito tempo sentado em superfícies rígidas e controlar a pressão arterial são cuidados primordiais para uma boa recuperação pós-operatória.

O retorno ao trabalho deve ser somente após duas semanas de repouso, enquanto atividades físicas intensas e relações sexuais devem ser evitadas por 45 dias.

Ressecção transuretral da próstata: efeitos colaterais do procedimento

Uma das dificuldades que podem surgir após a realização da RTU é a ejaculação retrógrada, também chamada de ejaculação sem sêmen.

Normalmente, esse quadro acontece devido à abertura do colo da bexiga no momento da ejaculação, permitindo que o sêmen entre na bexiga em vez de ser expelido pela uretra. Posteriormente, o sêmen é eliminado através da urina.

Esse cenário se deve à remoção das fibras do colo vesical juntamente com o tecido prostático durante a técnica. Essas fibras são responsáveis por manter o colo da bexiga fechado durante a ejaculação.

Apesar disso, a ejaculação retrógrada não impacta no orgasmo e nem na qualidade da vida sexual, porém, pode afetar a fertilidade, sendo necessário um tratamento com medicamentos para homens que desejam ter filhos.

Em menor escala, outras complicações que podem surgir incluem:

  • Estenose uretral (estreitamento da uretra); 
  • Incontinência urinária.

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A ressecção transuretral da próstata causa impotência sexual?

Muitos homens questionam aos médicos se a RTU da próstata pode levar à impotência. 

É válido enfatizar que a técnica em si não é uma causa direta de disfunção erétil.

Entretanto, é preciso reconhecer que todo procedimento cirúrgico apresenta riscos de complicações, com isso, os resultados podem variar de indivíduo para indivíduo. 

Em resumo, o método não acarreta na impotência, mas é preciso seguir as instruções médicas durante o processo de recuperação. 

Se persistirem os sintomas ou surgirem outras complicações, é essencial buscar auxílio médico.

Ressecção transuretral da próstata: preço da abordagem cirúrgica

O custo da ressecção transuretral da próstata pode variar dependendo de diversos aspectos, incluindo localização geográfica, hospital ou clínica, honorários médicos, custo de internação, exames pré-operatórios, medicamentos prescritos, entre outros fatores. 

É recomendado que o paciente entre em contato com um médico urologista de sua preferência para obter informações específicas sobre os valores envolvidos nesse procedimento cirúrgico.

Conclusão

A ressecção transuretral da próstata é uma solução eficaz e usada para tratar a HPB, especialmente, em casos onde os sintomas urinários se tornam incapacitantes ou não respondem adequadamente ao tratamento medicamentoso. 

Este procedimento minimamente invasivo oferece alívio dos sinais, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo complicações associadas ao aumento prostático.

Avaliações clínicas detalhadas, exames laboratoriais e de imagem, bem como a consideração de fatores como infecções urinárias, são fundamentais para determinar a necessidade da cirurgia.

Se você está enfrentando problemas urinários relacionados à HPB, é ideal consultar um urologista para uma avaliação completa. 

A RTU da próstata pode ser a chave para recuperar a saúde e o bem-estar, proporcionando alívio duradouro dos sintomas incômodos.

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O Dr. Jonathan Doyun Cha é especialista nos tratamentos clínicos e cirúrgicos da próstata aumentada, oferecendo diagnóstico preciso e atendimento humanizado, com avaliação criteriosa das condições da paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.

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