Quem tem problema de próstata pode ter relação?
Esse é um questionamento de muitos homens que têm alterações prostáticas, como a HPB ou até mesmo o câncer de próstata.
Na prática, não há impedimento para manter relações sexuais com sua parceira, durante o tratamento para tais condições.
Em função desta dúvida frequente, neste texto, vamos esclarecer como os problemas da próstata podem prejudicar a função sexual do indivíduo. Boa leitura!
Qual é a relação dos problemas de próstata e a função sexual?
A próstata é uma glândula exclusiva do organismo masculino, responsável por produzir um fluido que melhora a qualidade dos espermatozoides, contribuindo para a maior eficácia do sêmen. Esse órgão está localizado próximo ao reto e à bexiga, envolvendo parte da uretra.
O aumento da próstata é uma condição comum que tende a acompanhar os homens ao longo da vida, especialmente após os 30 anos, por se tratar de um processo natural do envelhecimento.
No entanto, nem todos irão desenvolver a hiperplasia prostática benigna (HPB), que pode causar alterações no padrão urinário e impactar a saúde do homem, sendo mais frequente após os 50 anos.
Pacientes com HPB podem perceber mudanças na ejaculação. Em alguns casos, a ejaculação se torna “seca”, ou seja, ocorre o orgasmo, mas sem a liberação de esperma.
Dessa forma, a relação entre próstata aumentada e função sexual vem sendo estudada há décadas.
Sabe-se que, além da idade, fatores como hereditariedade e alterações hormonais, como a queda nos níveis de testosterona e o aumento de estrogênio, também estão associados ao desenvolvimento da HPB, especialmente em homens acima dos 50 anos.
Quem tem problema de próstata pode ter relação sexual?
Sim, quem tem problemas na próstata pode ter relação, pois a glândula por si só não tem nenhuma relação com a ereção de um indivíduo.
Apesar disso, nos casos em que esse aumento acontece de forma desequilibrada, pode haver alguns impactos na vida sexual.
Isso se deve ao fato de que com o aumento muito grande de suas dimensões, a próstata pode comprimir e alterar o fluxo do sêmen, causando mudanças na ejaculação.
No geral, homens com HPB podem ter relações sexuais normalmente, mas os sintomas urinários, como a vontade frequente de urinar ou a dificuldade para iniciar o jato, podem causar ansiedade e diminuir o desejo sexual.
O tratamento medicamentoso, com alfa-bloqueadores ou inibidores da 5-alfa-redutase, também pode provocar efeitos colaterais como disfunção erétil ou redução da libido.
Por outro lado, medicamentos usados para disfunção erétil podem ajudar a aliviar os sintomas da HPB. Nem todos os homens são afetados da mesma forma, e o acompanhamento médico é essencial para ajustar o tratamento e preservar a qualidade da vida sexual.
Além disso, vale ressaltar que a próstata aumentada não leva à morte do paciente, mas pode trazer consequências para sua qualidade de vida e sexual.
Portanto, nos casos de sintomas de problemas na próstata ou que prejudiquem a qualidade de vida e sexual do homem, é indicado algumas mudanças nos hábitos e tratamentos medicamentosos e cirúrgicos, nas situações mais graves.
Quem tem problema de próstata pode ter relação, mas é importante entender os impactos envolvidos
Como dito, embora os problemas de próstata não causem diretamente disfunção sexual, seus efeitos no organismo masculino podem influenciar a vida íntima de diferentes maneiras.
Veja a seguir como isso acontece:
- Impactos físicos: o aumento da próstata pode afetar nervos e vasos sanguíneos importantes para a ereção, o que pode levar à disfunção erétil. De acordo com o artigo Managing Sexual Concerns if You Have BPH, publicado na WebMD, quanto mais intensos os sintomas da HPB, maiores as chances de ocorrerem problemas sexuais, como redução da libido ou dificuldade para manter uma ereção;
- Aspectos psicológicos: os sintomas urinários, como a necessidade frequente de urinar, principalmente à noite, podem gerar ansiedade, baixa autoestima e até depressão. Esses fatores comprometem o desejo sexual e a confiança do homem em situações íntimas;
- Efeitos do tratamento: medicamentos usados para tratar a HPB, como alfa-bloqueadores e inibidores da 5-alfa-redutase, podem causar efeitos colaterais como disfunção erétil, diminuição da libido e alterações na ejaculação. Por outro lado, remédios para disfunção erétil, como Viagra ou Cialis, também podem melhorar os sintomas da HPB, o que mostra uma relação complexa entre as duas condições.
Apesar desses possíveis desafios, é totalmente possível manter uma vida sexual saudável mesmo com problemas de próstata, desde que o tratamento seja bem conduzido.
Deste modo, conversar abertamente com o urologista e com a parceria é fundamental para encontrar soluções adequadas e preservar o bem-estar íntimo.
A partir dos primeiros sintomas de problemas na próstata, como é feito o diagnóstico para detectar alguma patologia?
Ao surgirem os primeiros sintomas de problemas na próstata, é necessário procurar um urologista. Durante a consulta, o médico avalia o histórico do paciente, investiga os sintomas e realiza o exame de toque retal.
Para confirmar o diagnóstico, podem ser solicitados exames, como:
- PSA (para avaliar risco de câncer);
- Urina tipo I (para detectar infecções ou sangue);
- Ureia e creatinina (para checar a função renal);
- Ultrassonografia (para verificar o tamanho da próstata e presença de urina residual).
Consultas regulares e exames preventivos detectam alterações precocemente e evitam complicações.
Quais são os tratamentos mais comuns para problemas na próstata?
Essas três condições: câncer de próstata, prostatite e hiperplasia prostática benigna podem causar grande desconforto e representar riscos à saúde do homem, especialmente quando não diagnosticadas e tratadas a tempo.
Por isso, ao surgirem sintomas relacionados à próstata, é de extrema importância procurar um urologista.
O câncer de próstata, por exemplo, é a segunda principal causa de morte entre os homens. Já a prostatite e a HPB, embora sejam condições benignas, podem evoluir para complicações sérias, como obstrução urinária, que pode até causar danos permanentes aos rins.
Por isso, é altamente recomendável manter o acompanhamento urológico regular, principalmente a partir dos 40 anos, mesmo na ausência de sintomas.
Nessas consultas, além de uma anamnese detalhada, o urologista solicitará exames como PSA, urina, toque retal e, se necessário, exames de imagem para investigar a saúde da próstata.
Com base nesses dados, o especialista poderá identificar qual condição está presente e indicar o tratamento mais adequado. No caso da HPB, as opções podem variar desde mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos até procedimentos cirúrgicos.
A prostatite, por sua vez, geralmente é tratada com antibióticos. Já o tratamento do câncer de próstata é mais complexo e deve ser individualizado.
A escolha dependerá da idade do paciente, do estado geral de saúde, de outras doenças associadas e do grau de agressividade do tumor.
As opções incluem cirurgia (prostatectomia), radioterapia e terapia hormonal, que podem ser aplicadas de forma isolada ou combinada.
O que causa os problemas na próstata?
Ao longo da vida, os homens podem desenvolver prostatite, hiperplasia prostática benigna e câncer de próstata.
Mesmo sendo uma glândula pequena, a próstata exerce funções importantes na fertilidade e pode afetar diretamente o padrão urinário quando está comprometida.
Prostatites
São inflamações ou infecções da próstata, mais comuns em homens jovens e de meia-idade. Podem ser causadas por bactérias, fungos, traumas ou alterações autoimunes.
Os sintomas variam conforme o tipo (aguda, crônica, dor pélvica crônica ou assintomática) e podem causar desconfortos intensos, além de complicações como infecções nos ossos pélvicos e abscessos.
Hiperplasia prostática benigna
É o crescimento benigno da próstata, comum a partir dos 40 anos. Pode aumentar de 4 a 5 vezes seu tamanho normal e causar dificuldades para urinar.
Apesar de não ser câncer, a HPB afeta a qualidade de vida e pode levar a complicações como infecções urinárias, pedras na bexiga e danos nos rins.
Câncer de próstata
É a segunda principal causa de morte por câncer entre homens no Brasil, representando 29% dos casos, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Costuma ser assintomático no início e está ligado a fatores como idade (acima de 55 anos), histórico familiar, obesidade e sedentarismo.
Por isso, recomenda-se iniciar o acompanhamento com urologista e exames preventivos (PSA e toque retal) a partir dos 45 anos.
A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para garantir o controle e o tratamento eficaz dessas condições.
Qual é o tamanho normal da próstata?
A próstata tem dois momentos de crescimento: um na puberdade e outro a partir dos 25 anos, com aumento contínuo ao longo da vida.
Em homens jovens, seu tamanho normal é de 15 a 20 gramas, com dimensões semelhantes às de uma noz (cerca de 2 cm x 3 cm x 4 cm).
Com o passar dos anos, o volume da próstata tende a aumentar. Em média:
- Aos 40 anos: 25 a 30 gramas;
- Aos 50 anos: 30 a 40 gramas;
- Aos 60 anos: 35 a 45 gramas.
O tamanho considerado normal da próstata adulta saudável varia entre 20 a 30 gramas ou 20 a 25 cm³, podendo sofrer variações conforme fatores individuais como etnia e genética.
É possível prevenir problemas de próstata?
Manter consultas regulares com o urologista, principalmente após os 40 anos, é essencial para prevenir doenças da próstata. No entanto, adotar hábitos saudáveis também contribui significativamente para a saúde prostática.
Praticar exercícios físicos com frequência ajuda a controlar o peso, reduzindo o risco de desenvolver algumas condições. Aliado a isso, manter uma alimentação balanceada é primordial.
Para prevenir prostatites, é importante manter uma boa higiene íntima e usar preservativos durante as relações sexuais, o que ajuda a reduzir o risco de infecções que afetam a próstata.
Tratamento para problemas de próstata com o Dr. Jonathan Doyun Cha
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O Dr. Jonathan Doyun Cha é especialista nos tratamentos clínicos e cirúrgicos dos problemas na próstata, oferecendo diagnóstico preciso e atendimento humanizado, com avaliação criteriosa das condições da paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.
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