Doença pode causar diminuição do jato urinário e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, entre outros incômodos. Se não tratada, pode levar à insuficiência renal
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição benigna, como o próprio nome diz, que se caracteriza pelo aumento do tamanho da glândula prostática. Trata-se de uma doença relativamente comum entre homens mais velhos — com idade acima de 50 anos — e não apresenta riscos de evoluir para câncer.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a HPB, além de ser uma doença relacionada com a idade, também tem relação direta com a genética e presença de hormônios sexuais. A Sociedade estima que cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão hiperplasia prostática benigna. Aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes.
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema reprodutivo masculino. Ela é constituída de tecido glandular e muscular e fica localizada abaixo da bexiga. Seu crescimento é considerado normal até certo ponto e, conforme o homem vai envelhecendo, ela tende a aumentar. Porém, no caso da hiperplasia prostática benigna, o aumento é maior do que o esperado, o que pode causar alguns sintomas incômodos e que necessitam de tratamento.
Sintomas da hiperplasia prostática benigna
Muitos homens com HPB não apresentam sintomas da doença, porém, quando esses se manifestam, os mais relatados são:
- Redução do jato urinário;
- Necessidade de urinar várias vezes durante à noite;
- Necessidade de fazer esforço para iniciar a micção;
- Presença de gotejamento após urinar;
- Urgência em urinar.
Em geral, esses sintomas só surgem quando a próstata começa a aumentar de tamanho, o que dificulta a passagem da urina e o esvaziamento da bexiga, causando obstrução do fluxo urinário. Em alguns casos, a hiperplasia prostática benigna pode também levar a problemas como cálculos na bexiga, retenção urinária, infecção urinária de repetição, presença de sangue na urina e insuficiência renal.
Diagnóstico da hiperplasia prostática benigna
O médico urologista é o especialista que pode fazer o diagnóstico correto da hiperplasia prostática benigna. Avaliação do histórico de sintomas apresentados e exame de toque são os principais meios de diagnosticar a HPB.
Dependendo da avaliação médica, o especialista pode solicitar exames complementares, tais como:
- PSA;
- Urina;
- Ultrassonografia das vias urinárias;
- Urofluxometria, exame que mede tanto a força do jato urinário quanto o tempo que a bexiga leva para ser esvaziada.
Como a hiperplasia prostática benigna pode ser tratada?
O médico urologista é o especialista habilitado para avaliar qual o melhor tratamento para cada caso. Ao optar pelo tratamento mais adequado, o especialista avalia fatores como a intensidade dos sintomas, o tamanho da próstata e outras doenças que o paciente possa apresentar. Inicialmente, o médico pode indicar apenas acompanhamento, realizado com exames periódicos.
Em alguns casos, o paciente pode fazer uso de medicamentos que visam tanto amenizar os sintomas quanto impedir que a próstata continue crescendo e agrave o caso. Porém, quando essas medicações não apresentam resultado ou caso o paciente tenha sintomas mais graves, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico.
Cirurgia para hiperplasia prostática benigna
A cirurgia para tratamento da hiperplasia prostática benigna é um procedimento que tem o objetivo de reduzir o tamanho da próstata e restaurar o funcionamento da glândula. Ela pode ser feita de três maneiras:
- Via endoscópica: (essa cirurgia é chamada de ressecção transuretral da próstata, ou RTU de próstata): uma pequena cânula é inserida pelo canal da uretra para raspar o pedaço aumentado da próstata que está impedindo a passagem da urina. Não são necessários cortes e o procedimento é feito com anestesia;
- Via laparoscópica: este procedimento para tratar a hiperplasia prostática benigna é feito por meio de pequenas incisões no abdômen do paciente, por onde são inseridos os instrumentos que irão ajudar a remover a parte interna da próstata, preservando sua camada externa. Com isso, há menor risco de impotência sexual e incontinência urinária. É um dos procedimentos mais realizados para o tratamento da HPB, pois a recuperação do paciente é mais rápida, uma vez que se trata de uma cirurgia minimamente invasiva. Este tipo de procedimento também pode ser feito por feito com a ajuda de um robô;
- Via aberta (convencional): trata-se de uma técnica cada vez menos, utilizada na qual é feito um corte maior, que vai do umbigo à região pubiana, para que o cirurgião também remova o interior da glândula, reduzindo assim seu tamanho.
A hiperplasia prostática benigna é uma doença que pode ser evitada com a adoção de alguns hábitos de vida mais saudáveis, como manter o peso controlado, praticar atividades físicas e ter uma alimentação balanceada, evitando-se o consumo de alimentos gordurosos e muito calóricos.
Na presença dos sintomas apresentados acima, é importante buscar ajuda de um especialista para o diagnóstico preciso, pois a HPB é uma doença progressiva que pode apresentar complicações se não tratada adequadamente. O Dr. Jonathan Cha é urologista, médico referência em urologia e pode ajudar você no diagnóstico e tratamento da hiperplasia prostática benigna. Marque uma avaliação.
Fontes: