Hiperplasia prostática: conheça tudo sobre essa condição urológica

Médico urologista explicando para seu paciente, homem mais velho por volta dos 70 anos, sobre o que é a hiperplasia prostática e como funciona o seu tratamento.

Se você já ouviu falar sobre hiperplasia prostática, provavelmente está ciente de como essa condição pode afetar a qualidade de vida dos homens. Mas o que exatamente é esse problema e como ele influencia a saúde urológica? 

Quem está em busca de informações corretas e atualizadas sobre o que é hiperplasia prostática, chegou ao conteúdo certo. 

Afinal, neste post, vamos apresentar tudo o que é necessário saber sobre essa doença comum, desde suas causas e sintomas até as opções de tratamento. Leia mais no texto!

O que é hiperplasia prostática benigna?

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição benigna, como o próprio nome diz, se caracteriza pelo aumento do tamanho da glândula prostática. 

Trata-se de uma doença relativamente comum entre homens mais velhos — com idade acima de 50 anos — e não apresenta riscos de evoluir para câncer.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a HPB, além de ser um problema relacionado com a idade, também tem relação direta com a genética e presença de hormônios sexuais. 

Em geral, no início da puberdade, a glândula dobra de tamanho e permanece com essas dimensões até por volta dos 25 anos, quando começa a crescer novamente de forma lenta e gradual na idade adulta. 

Ainda, a SBU estima que cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão hiperplasia prostática. Aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes.

A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que faz parte do sistema reprodutivo masculino. Ela é constituída de tecido glandular e muscular e fica localizada abaixo da bexiga. 

Seu crescimento é considerado normal até certo ponto e, conforme o indivíduo vai envelhecendo, ela tende a aumentar. 

Porém, no caso da hiperplasia prostática benigna, o aumento é maior do que o esperado, o que pode causar alguns sintomas incômodos e que necessitam de tratamento.

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O que causa hiperplasia prostática?

A causa exata de hiperplasia prostática não está claramente definida, mas existem algumas possibilidades apontadas em estudos médicos:

  • Alterações hormonais: aumento do estrogênio e da testosterona;
  • Hereditariedade;
  • Doenças subjacentes como obesidade e diabetes.

Portanto, apesar de ser uma condição própria do envelhecimento, alguns fatores de risco também podem desencadear esse problema urológico.

Hiperplasia prostática benigna: sintomas mais comuns 

Os sintomas da hiperplasia prostática benigna vão surgindo à medida que a glândula vai crescendo e comprimindo a uretra, que é o canal por onde a urina passa ao sair da bexiga para ser eliminada.

A partir desse crescimento pode haver um bloqueio da uretra, com isso, a parede da bexiga também fica mais espessa e sobrecarregada ao tentar empurrar a urina para a região que está obstruída.

Nem sempre os homens que são acometidos por essa condição terão todos os sinais, mas, quando manifestados, são:

  • Redução do jato urinário;
  • Necessidade de urinar várias vezes durante à noite;
  • Necessidade de fazer esforço para iniciar a micção;
  • Presença de gotejamento após urinar;
  • Urgência em urinar.

No geral, esses sintomas só surgem quando a próstata começa a aumentar de tamanho, o que dificulta a passagem da urina e o esvaziamento da bexiga, causando obstrução do fluxo urinário. 

Em alguns casos, a hiperplasia prostática pode também levar a problemas como cálculos na bexiga, retenção urinária, infecção urinária de repetição, presença de sangue na urina e insuficiência renal.

Como é feito o diagnóstico para hiperplasia prostática?

Quando um indivíduo começa a ter os sintomas de hiperplasia prostática benigna ou está em uma idade na qual desconfia de um aumento da glândula, a especialidade que deve buscar para um tratamento é a urologia.

Ao passar em uma consulta, o urologista irá realizar uma série de questionamentos sobre a saúde do paciente, para avaliar os seus sinais e seu histórico familiar. 

Nesta ocasião, também está previsto um exame físico de toque retal, que já oferece ao profissional a percepção da próstata aumentada. 

Alguns exames complementares irão tornar o diagnóstico mais preciso, como:

  • Ultrassonografia de vias urinárias e transretal;
  • Exame de urina;
  • Exame de sangue;
  • Urofluxometria, que mede tempo e esforço do jato urinário.

Com base nos resultados desses testes e na avaliação clínica, o médico poderá confirmar o diagnóstico da doença e recomendar o procedimento para hiperplasia benigna da próstata mais adequado para o homem.

Como tratar hiperplasia prostática benigna?

É essencial ressaltar que o médico especialista é quem possui o conhecimento necessário para determinar o tratamento da hiperplasia prostática benigna mais correto para cada caso.

Ao decidir sobre a melhor abordagem, o especialista leva em conta diversos fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, o tamanho da próstata e outras condições médicas que o paciente possa ter.

Inicialmente, o médico pode sugerir um acompanhamento regular que inclui exames periódicos. 

Em algumas situações, pode ser indicado o uso de medicamentos, não apenas para aliviar os desconfortos, mas também para impedir o crescimento desproporcional da glândula e evitar complicações.

Entretanto, se os tratamentos medicamentosos não forem eficazes ou se os sintomas do paciente forem mais graves, a realização de um procedimento cirúrgico pode ser considerada como uma opção necessária.

Abordagem medicamentosa

Em geral, quando o homem está com a próstata aumentada, a primeira forma de tratamento será medicamentosa, com o objetivo de reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

Os tipos de remédio para hiperplasia prostática podem ser:

  • Medicações alfa-bloqueadoras: para relaxar a musculatura da glândula e parte inferior da bexiga, o que vai diminuir a resistência do fluxo urinário. Essa classe de medicamentos pode ser a terazosina ou a tansulosina;
  • Inibidores de 5-alfa redutase: para reduzir a ação dos hormônios na próstata, que vão reduzir o volume da glândula em até 30%. Os principais remédios são a finasterida e a dutasterida;
  • Antibióticos: caso haja uma infecção na glândula.

Contudo, muitas vezes, tal método pode não surtir o efeito desejado, então o homem deverá partir para outras soluções, como a cirurgia para hiperplasia benigna da próstata.

Intervenções cirúrgicas 

A cirurgia para hiperplasia prostática pode ser realizada, principalmente, por meio de duas técnicas endoscópicas: a RTU ou a laser. 

Esses são métodos que consistem em realizar pequenas incisões na própria glândula ou na inserção de tubos diretamente na uretra, sem a necessidade de cortes. 

É importante reforçar que a cirurgia por via aberta tem sido cada vez menos utilizada, pois oferece mais riscos para o homem, porque envolve a execução de uma incisão externa, no umbigo ou na região perineal, para retirar de forma parcial a próstata.

RTU da próstata 

Também chamada de ressecção da próstata, é uma intervenção minimamente invasiva. O procedimento é realizado com um endoscópio que atravessa a uretra para alcançar a glândula.

Com o ressectoscópio, é feito uma raspagem da próstata, cortando pedaços da glândula e promovendo a desobstrução da uretra. Com isso, o miolo da glândula é retirado por meio de eletrocauterização.

Cirurgias a laser

Esses procedimentos consistem em introduzir um escopo de fibra óptica na uretra do indivíduo e retirar o tecido expandido com a ação do laser, sem a necessidade de realizar incisões no corpo do paciente. 

São três técnicas de cirurgia a laser que são recomendadas para o tratamento dos casos avançados de hiperplasia: HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate), vaporização da próstata com GreenLight Laser e ThuFLEP – Thulium Fiber Laser Enucleation of the Prostate. 

Lembre-se: ambas abordagens são feitas com um ressectoscópio que é inserido na uretra. 

  • Cirurgia com laser HoLEP para hiperplasia benigna da próstata: ondas de choque promovidas pelo Holmium Laser dissecam o tecido da glândula. Além de fragmentá-lo, o aparelho também faz aspiração de todo o adenoma da próstata para realização de um tipo de biópsia;
  • Greenlight: o laser faz uma vaporização prostática fotodinâmica que destrói toda a camada interna da glândula. Essa cirurgia é indicada para a próstata de tamanho médio;
  • ThuFLEP: favorece uma enucleação endoscópica da próstata, com excelente hemostasia de primeira passagem, corte preciso e versatilidade para tratar tumores de bexiga, cálculos e estenose uretral.

Vale a pena realizar uma cirurgia robótica nos casos de hiperplasia prostática?

A intervenção via robótica também pode ser recomendada em alguns casos de HPB. O procedimento consiste na remoção da próstata de forma parcial, mantendo sua cápsula. 

Essa operação, também denominada de prostatectomia simples, é indicada para pacientes com próstatas muito grandes, normalmente acima de 150 gramas.

A abordagem cirúrgica é realizada pela técnica laparoscópica por vídeo com o auxílio de braços robóticos de ampla praticidade, ou seja, o robô é manuseado pelo próprio cirurgião por meio de um computador instalado na sala de operação.

Proporciona melhor recuperação ao paciente; Evita complicações;  Preserva os vasos sanguíneos, nervos e músculos que envolvem a próstata e são fundamentais para funções do organismo, como o controle da urina e a ereção;  Assegura uma melhor visualização da área a ser operado por conta de sua câmera em 3D; Garante uma maior possibilidade de movimentos, uma vez que os braços robóticos realiza, com precisão, o comando solicitado pelo médico cirurgião, dando mais exatidão ao procedimento;  A cirurgia facilita a reconstrução da anatomia em espaços limitados, como a pelve masculina;  Diminui o risco de impotência sexual nos homens, na cirurgia robótica as estatísticas despencam para apenas 10 a 20% dos casos; É um procedimento minimamente invasivo, o que diminui o trauma cirúrgico e uma recuperação mais rápida, como também traz uma maior segurança ao paciente, minimizando os possíveis riscos de complicações; Menores chances de contrair uma infecção e necessidade de transfusão de sangue. 

A hiperplasia prostática benigna causa impotência?

Estudos mostram que indivíduos com HPB têm maior probabilidade de apresentar sintomas de impotência do que aqueles sem hiperplasia. 

Essa situação pode ocorrer devido à inflamação, alterações hormonais ou nervosas relacionadas ao crescimento da próstata. 

Contudo, é de suma importância ressaltar que a glândula por si só não tem nenhuma relação com a ereção de um homem, porém, quando está aumentada pode causar alguns impactos à vida sexual. 

Com o aumento muito acentuado de suas dimensões, a próstata pode comprimir alguns nervos responsáveis pela ereção, prejudicar a potência sexual e ainda causar mudanças na ejaculação. 

Sendo assim, é fundamental que o paciente procure por um urologista e esclareça as dúvidas se o aumento da próstata causa impotência, além de iniciar um tratamento adequado para o seu caso, melhorando sua qualidade de vida sexual.

Tratamento para hiperplasia prostática em São Paulo

A hiperplasia prostática é uma doença que pode ser evitada com a adoção de alguns hábitos de vida mais saudáveis, como:

  • Manter o peso controlado;
  • Praticar atividades físicas; 
  • Ter uma alimentação balanceada, evitando-se o consumo de alimentos gordurosos e muito calóricos.

Na presença dos sintomas apresentados neste artigo, é necessário buscar ajuda de um especialista para o diagnóstico preciso, pois a HPB é uma condição progressiva que pode apresentar complicações caso não seja tratada adequadamente. 

O Dr Jonathan Doyun Cha é expert no diagnóstico e procedimento médico para hiperplasia prostática, oferecendo atendimento humanizado e a melhor abordagem para devolver a qualidade de vida do homem.

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