Existe um grande tabu em relação aos procedimentos cirúrgicos para a hiperplasia benigna prostática, mas você sabe como é feita a cirurgia de próstata aumentada?
Pois bem, tal problema urológico afeta muito a qualidade de vida dos homens e, portanto, exige respostas rápidas. Dessa forma, verifique neste texto como são os procedimentos cirúrgicos para essa condição e como são realizados. Boa leitura!
Quando é indicada a cirurgia de próstata aumentada?
A próstata é uma glândula que integra o sistema reprodutor masculino e envolve a uretra no colo da bexiga, sendo responsável pela produção de um líquido alcalino que enriquece o sêmen. Esse fluido é primordial para a fertilidade masculina.
Essa glândula sofre aumentos graduais ao longo da vida adulta do homem, porém, quando esse crescimento é muito grande configura a hiperplasia benigna prostática. Em geral, o problema afeta homens acima dos 50 anos, e entre 70 e 79 anos, 80% dos homens terão desenvolvido a condição.
O tamanho normal de uma próstata equivale a uma noz, com um volume de cerca de 20 gramas, sendo de 2 cm de largura, 3 cm de altura e 4 cm de comprimento. Porém, quando fica acima dos 50 gramas, vai necessitar de tratamentos que visam eliminar os problemas urológicos que costuma causar.
Em muitas situações, os problemas resultantes de uma próstata aumentada podem ser solucionados com a prescrição de medicamentos, que visam relaxar os músculos e reduzir a glândula.
Porém, quando essa abordagem falha, apenas a cirurgia para hiperplasia benigna da próstata será satisfatória para eliminar os desconfortos que o homem sente com a doença, como:
Além disso, a intervenção cirúrgica também poderá ser recomendada quando a HPB gerar outras complicações, como: incapacidade de urinar (retenção urinária aguda ou crônica), infecções urinárias recorrentes, pedras na bexiga ou danos aos rins.
A prescrição do procedimento vai depender das condições do paciente, gravidade dos sintomas e do tamanho da glândula, visando sempre desobstruir o canal urinário do paciente e eliminar os desconfortos.
A orientação sobre como diminuir a próstata aumentada e os tipos de procedimentos deve ser sempre do médico especialista, ou seja, o urologista, e a decisão sobre se submeter a qualquer abordagem cirúrgica será do paciente.
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Como é feita a cirurgia de próstata aumentada? Quais as técnicas?
As cirurgias de próstata aumentada podem ser realizadas por meio de procedimentos tradicionais (abertos) e técnicas endoscópicas minimamente invasivas, como o laser, que devem ser realizadas em ambiente hospitalar e exigem aplicação de anestesia. Todos visam devolver o funcionamento normal do sistema urinário.
Antes dos procedimentos cirúrgicos, os homens deverão realizar exames laboratoriais, ultrassom da próstata e avaliação com o cardiologista.
Conheça algumas abordagens e como é feita a cirurgia de próstata aumentada:
Laser
Os procedimentos cirúrgicos com laser não exigem incisões e têm grandes vantagens sobre outras técnicas, como menos dor, sangramentos, menor risco de complicações e alta hospitalar mais rápida.
Em alguns casos, os pacientes ficam internados por 24 horas, já em outras situações, podem sair no mesmo dia.
As cirurgias a laser trazem ótimos resultados e são indicadas até para pacientes que têm doenças cardiovasculares e trombofilias. A recuperação total dos pacientes fica em torno de 2 a 4 semanas.
Acompanhe algumas abordagens cirúrgicas a laser:
HoLEP
Uma das técnicas é a HoLEP, que promove a enucleação (retirada do núcleo) da próstata com laser de hólmio. É indicada para casos avançados de HPB e glândula de todos os tamanhos. Nesta cirurgia, um ressectoscópio é inserido na uretra e aplica ondas de choque que irão dissecar o tecido da próstata.
O cirurgião delimita a área e retira grandes frações da glândula por meio dessa técnica, que também coagula a superfície remanescente e impede o crescimento do tecido, porque não deixa resíduo do adenoma prostático.
No mesmo procedimento, o HoLEP permite também o tratamento de cálculos que estejam presentes na bexiga. Essa técnica também promove a aspiração dos fragmentos para realização de biópsia.
Vale lembrar que o HoLEP possui a vantagem de ser menos invasivo do que os procedimentos com cortes, como por via aberta, laparoscópica ou robótica, e mais definitiva do que a RTU da próstata, que é a raspagem da glândula.
Ao realizar a intervenção cirúrgica com o laser HoLEP, o paciente deverá sair do centro cirúrgico com um cateter no pênis, para ajudar a drenar a bexiga. Além disso, é importante dizer que alguns desconfortos no pós-operatórios são normais, como:
- Irritação urinária;
- Sangue na urina;
- Frequência aumentada de urina;
- Inflamação do tecido residual da próstata, entre outros.
No entanto, não significa que todos os homens terão esses problemas no pós-operatório. Vai depender muito da condição de saúde do paciente e até da disciplina para seguir as orientações médicas na recuperação.
GreenLight
Essa técnica faz a vaporização da próstata com laser GreenLight. Também é indicada para casos avançados de HPB e glândulas de tamanho médio.
Com essa técnica, também com o ressectoscópio inserido na uretra, o laser vai destruir toda a camada interna da próstata, porque vaporiza os tecidos sólidos em excesso na região, assim permite a desobstrução do canal urinário.
O TFL usa uma fibra de sílica longa, fina e dopada com túlio como um meio de laser ativo. É possível emitir uma alta potência energética com uma baixa quantidade de calor.
RTU de próstata
A ressecção transuretral da próstata é um procedimento cirúrgico endoscópico clássico para HPB.
A desobstrução do canal urinário acontece por meio de uma eletrocauterização, realizada com um pequeno escopo, que faz a ressecção em pequenos pedaços. Não ocorre corte cirúrgico externo, mas na parte interna, ou seja, na própria próstata.
A RTU é realizada em ambiente hospitalar, onde o paciente pode ficar internado de 1 a 3 dias. Nesta abordagem, os homens saem do centro cirúrgico com uma sonda de 3 vias:
- Na primeira via, é colocada água para impedir a saída da sonda;
- Na segunda via, vai soro fisiológico, para evitar a obstrução da sonda por coágulos;
- A terceira via é a saída dos líquidos (urina e irrigação).
O paciente fica com a sonda por 2 a 3 dias e a retirada é na alta hospitalar. No entanto, é importante relembrar que é normal sentir um pouco de dor e ter um sangramento leve após a retirada do dispositivo.
Para evitar complicações, como sangramentos mais intensos, que podem ocorrer em até 30 dias após o procedimento, nas duas primeiras semanas, é necessário evitar esforços, fazer caminhadas leves e ter uma dieta com fibras.
Atividades laborais só devem ser realizadas após duas semanas de repouso. Já as atividades físicas mais intensas e sexuais só após 45 dias, ou seja, a recuperação total é de 1 a 3 meses.
Cirurgia tradicional (aberta)
A cirurgia aberta foi a primeira opção para tratar os problemas relacionados à glândula. A prostatectomia radical (total) é mais utilizada para o câncer de próstata, enquanto a prostatectomia simples (parcial) é mais direcionada à HPB.
Atualmente, tanto a prostatectomia radical como a simples têm sido menos utilizadas para os tratamentos, porque traz mais riscos de complicações, como incontinência urinária, disfunção erétil, infecções, dor e sangramento.
Neste tipo de tratamento, o cirurgião faz uma incisão abaixo do umbigo ou na região perineal para retirar a próstata ou parte dela e tecidos adjacentes. Na técnica aberta, os riscos de disfunção erétil e incontinência aumentam porque os nervos que são responsáveis por essas funções podem ser mais lesionados.
O que causa o aumento da próstata?
É fato que o aumento da próstata é uma condição natural na vida adulta do homem e ganha mais intensidade a partir do envelhecimento masculino, porém, existem outros fatores de risco que ajudam a deflagrar o problema, como: hereditariedade, sedentarismo e associação com outras condições, como ser obeso ou diabético.
Já alguns estudos médicos apontam que o aumento da próstata pode ser acelerado devido às alterações hormonais que vão ocorrendo com a passagem do tempo, como diminuição da testosterona e aumento do estrogênio no organismo masculino.
A próstata vai continuar crescendo após a cirurgia?
Como o aumento da próstata é uma condição natural masculina, a glândula poderá continuar crescendo após realizar especificamente uma RTU.
Em muitos casos, uma nova cirurgia poderá ser realizada em 10 anos. No entanto, o cirurgião irá dar algumas orientações para evitar essa progressão, como uma mudança no estilo de vida.
É possível evitar o aumento da próstata?
Mesmo que o crescimento da próstata aconteça de forma natural ao longo dos anos, existem algumas medidas que podem ajudar que a condição não assuma proporções importantes, como:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Ter uma dieta equilibrada;
- Parar de fumar;
- Evitar ou reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas e cafeína.
Procurar o especialista é o melhor caminho
Há diversas abordagens para quem quer fazer uma cirurgia para a HPB. Agora que já sabe como é feita a cirurgia de próstata aumentada, procurar um especialista vai trazer mais tranquilidade sobre os resultados e retomada da qualidade de vida.
É fato, as intervenções cirúrgicas para a próstata aumentada trarão melhoras progressivas, e logo o paciente terá o funcionamento urológico restaurado, como devolução da força do jato urinário, desaparecimento da urgência urinária e das micções noturnas.
Cirurgia de próstata aumentada é com o Dr. Jonathan Doyun Cha
O Dr. Jonathan Doyun Cha tem grande expertise no tratamento da próstata aumentada, oferecendo diagnóstico preciso e planejamento terapêutico, com foco em um atendimento humanizado e bem-estar do paciente. Além de ter uma avaliação criteriosa das condições da paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.
Afinal, cuidar da saúde pode prevenir muitos problemas graves no futuro, como o desenvolvimento da hiperplasia prostática benigna. Entre em contato conosco e agende uma consulta!