A cirurgia de próstata aumentada é uma das indicações de tratamento para quem está com hiperplasia benigna prostática. Pode ser realizada com procedimentos abertos ou minimamente invasivos.
Neste texto, conheça as condições que levam à necessidade de um procedimento cirúrgico para esse problema urológico masculino.
Cirurgia próstata aumentada: quais fatores levam ao procedimento?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que é responsável por produzir um líquido que enriquece o sêmen, considerado fundamental para a fertilidade.
É uma parte do corpo masculino que sofre dois picos de aumento durante a vida: na puberdade e a partir dos 25 anos. Esse aumento da próstata é o problema mais comum que acomete a glândula.
O crescimento da próstata pode ganhar uma aceleração a partir dos 40 anos. Dessa forma, aos 50 anos, cerca de 50% dos homens já apresentam um aumento significativo na próstata.
O aumento da glândula é normal no organismo masculino adulto, porém, é caracterizada a hiperplasia prostática benigna quando esse crescimento torna a glândula de 4 a 5 vezes maior que o seu tamanho original aos 25 anos, que é cerca de 20 gramas (o que representa as dimensões e volume equivalentes a uma noz).
A partir desse crescimento exagerado, a próstata começa a pressionar muito a uretra, e o homem passa a sentir muitos desconfortos relacionados à micção, com sintomas como:
Uma das primeiras medidas que o urologista irá tentar é uma abordagem medicamentosa para favorecer que o paciente tenha alívio dos sintomas. Porém, as medicações nem sempre proporcionam uma melhora do quadro, e a cirurgia de próstata é o único recurso para devolver qualidade de vida ao homem.
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Agravamentos da hiperplasia prostática benigna
A cirurgia de próstata aumentada se torna necessária porque quando as medicações não funcionam, e quadro pode trazer agravamentos para a saúde do paciente, evoluindo para problemas como:
- Retenção urinária aguda ou crônica;
- Sangramento na urina;
- Pedras na bexiga;
- Infecções recorrentes no trato urinário;
- Danos aos rins.
Em alguns casos, o aumento da próstata também pode afetar os nervos responsáveis pela ereção, e o homem pode começar a ter algum grau de disfunção erétil.
O objetivo da cirurgia é remover o tecido aumentado e garantir o restauro do fluxo urinário, o que vai, sem dúvida, proporcionar alívio dos sintomas e devolver a qualidade de vida ao paciente.
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Como é feita a cirurgia de próstata aumentada?
Por muito tempo, a única possibilidade para tratar a próstata com uma cirurgia era pela via aberta. Atualmente, com as novas tecnologias é permitido procedimentos minimamente invasivos com pequenas incisões na própria próstata ou inserção de tubos diretamente na uretra, sem necessidade de cortes.
Dessa forma, a cirurgia para próstata aumentada pode ser realizada com uma RTU ou a laser.
A cirurgia para próstata aumentada por via aberta tem sido cada vez menos utilizada, porque oferece mais riscos para o paciente, porque envolve a realização de uma incisão externa, no umbigo ou na região perineal, para retirar a próstata parcialmente.
Além dos riscos usuais de qualquer cirurgia, como sangramentos, dores, hematomas, infecção da incisão e até reação à anestesia, também aumenta a possibilidade do desenvolvimento de uma incontinência urinária ou disfunção erétil.
Isso ocorre porque, pela via aberta, a retirada parcial da próstata pode lesionar nervos que são responsáveis pela ereção e pela micção.
Já o procedimento conhecido como RTU (ressecção transuretral da próstata) é uma abordagem endoscópica na qual um ressectoscópio irá fazer uma “raspagem” da glândula, cortando pedaços do tecido prostático. Não há cortes externos, apenas na própria glândula.
Essa cirurgia de próstata aumentada benigna já foi o procedimento padrão para tratamento da HPB por muito tempo.
Neste caso, os riscos próprios de uma cirurgia aberta são diminuídos, assim como o tempo de recuperação no pós-operatório. Porém, há um risco de desenvolver uma ejaculação retrógrada no homem após o procedimento.
Cirurgia próstata aumentada: laser
A primeira vantagem da cirurgia para HPB a laser é não necessitar de incisões no corpo do paciente. Esses procedimentos consistem em introduzir um escopo de fibra óptica na uretra do paciente e remover o tecido expandido com a ação do laser.
A cirurgia a laser tem inúmeras vantagens sobre os outros tipos de cirurgia, a começar pela redução dos riscos de sangramentos, dores e até danos às estruturas circundantes à próstata, que podem levar a problemas de disfunção erétil e incontinência urinária.
São duas técnicas de cirurgia a laser que são indicadas para tratamento dos casos avançados de HPB: HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate) e vaporização da próstata com GreenLight Laser.
Essas cirurgias são realizadas com um pequeno aparelho cilíndrico, conhecido como ressectoscópio, que é introduzido na uretra.
No HoLEP, ondas de choque irão dissecar o tecido da próstata aumentada. Além de fragmentar, o aparelho também faz aspiração de todo o adenoma da próstata para realização de um tipo de biópsia. Essa técnica é indicada para próstatas de todos os tamanhos.
Com a técnica Greenlight, o laser faz uma vaporização prostática fotodinâmica e destrói toda a camada interna da próstata. Essa técnica é indicada para a próstata de tamanho médio.
Esses dois tipos de cirurgias de próstata aumentada são relativamente rápidos.
Cirurgia de próstata aumentada: pós-operatório
Ao realizar a cirurgia de próstata aumentada, o paciente deverá sair do centro cirúrgico com um cateter no pênis, para ajudar a drenar a bexiga.
Seja qual for a abordagem utilizada para a remoção do tecido prostático, muito provavelmente, o local onde foi realizado a incisão ou passou o escopo ficará dolorido por alguns dias.
Além disso, é importante lembrar que alguns desconfortos no pós-operatórios são normais, como:
- Irritação urinária;
- Sangue na urina;
- Inflamação do tecido residual da próstata, etc.
Mas, não significa que todos os homens terão esses problemas no pós-operatório. Vai depender muito da condição de saúde do paciente e até da disciplina para seguir as orientações médicas na recuperação.
De qualquer forma, os pacientes recebem prescrição de analgésicos e antibióticos para evitar o agravamento desse quadro pós-operatório da cirurgia de próstata.
Conclusão
Se você vem sofrendo há tempos com os sintomas da hiperplasia prostática benigna e não quer que o quadro evolua para situações mais graves, considere a realização de uma cirurgia para aliviar os seus sintomas.
O ideal é buscar um cirurgião que tenha expertise com a técnica escolhida, para evitar também as complicações pós-operatórias.
O Dr Jonathan Doyun Cha tem larga experiência no tratamento cirúrgico para o aumento da próstata. O objetivo é sempre devolver a qualidade de vida ao paciente, com um atendimento humanizado.