Câncer de próstata: causas, sintomas e tratamentos

Um homem idoso com barba branca está sorrindo enquanto está sentado em uma cama de hospital, usando uma bata hospitalar estampada e recebendo oxigênio através de um tubo nasal. Esta cena pode ilustrar um paciente em recuperação ou em tratamento contínuo, talvez relacionado a condições como o câncer de próstata.

O câncer de próstata acontece quando há um crescimento desordenado das células do tecido prostático, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). 

Geralmente, seus sintomas só aparecem em estágios mais avançados, incluindo dificuldade para urinar, disfunção erétil e desconforto durante a ejaculação. Por isso, é fundamental buscar informações sobre a doença.

Dados do Inca apontam que no Brasil um indivíduo morre a cada 40 minutos devido ao problema, sendo superado apenas pelo câncer de pele em incidência.

Para evitar fazer parte dessa preocupante estatística, é essencial que os homens realizem exames específicos regularmente, capazes de identificar precocemente sinais ou mesmo a presença da enfermidade.

Por esse motivo, neste post, vamos entender as principais causas, os sintomas mais comuns e os tratamentos disponíveis para tal condição, a fim de promover a conscientização e o cuidado com a saúde masculina. Acompanhe!

O que é câncer de próstata?

O câncer de próstata é o tipo mais frequente entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. 

Em muitos casos, a doença evolui de forma silenciosa. No entanto, quando identificada precocemente por meio de exames preventivos, as chances de cura são elevadas.

Essa condição ocorre devido ao crescimento descontrolado de células na glândula, formando um tumor. A próstata faz parte do sistema reprodutor masculino que contribui para a produção de parte do sêmen.

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata representa cerca de 29% dos diagnósticos oncológicos em homens. Anualmente, são registrados aproximadamente 66 mil novos casos, resultando em cerca de 16 mil mortes.

O que causa câncer de próstata?

De acordo com informações do Inca/MS (Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde), diversos fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento do câncer de próstata, entre eles, é possível citar:

  • Envelhecimento;
  • Aspectos hormonais e reprodutivos;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Consumo excessivo de álcool.

A predisposição genética também é um aspecto importante, com um histórico familiar da doença, as chances de surgimento da condição aumentam. 

É necessário reconhecer esses fatores, pois entender sua influência pode contribuir para prevenir parte dos casos.

O câncer de próstata ocorre quando alterações no DNA das células prostáticas impedem que elas respondam aos sinais reguladores do organismo. 

Isso leva ao crescimento anormal e descontrolado dessas células, resultando na formação de tumores.

Embora as causas exatas da patologia ainda não sejam totalmente esclarecidas, acredita-se que ela seja resultado de uma interação complexa entre diferentes fatores.

Vale lembrar que a presença de fatores de risco não significa que a doença irá necessariamente se desenvolver. Da mesma forma, homens diagnosticados com a condição nem sempre apresentam motivos conhecidos. 

Fatores de risco do câncer de próstata

Os fatores de risco do câncer de próstata trazem cenários mais propícios para o surgimento da doença. Por isso, é importante que os homens comecem a despertar a atenção para os sinais do próprio organismo. 

Caso o indivíduo apresente um ou mais aspectos citados abaixo, é mais do que necessário o acompanhamento médico e a realização de exames de rotina.

A consulta e os testes são as formas para buscar uma  prevenção ou mesmo ter um diagnóstico precoce, que favorece as chances de cura e amplia as possibilidades de tratamento.

Conheça as principais condições:

  • Idade: cerca de 80% dos casos de câncer de próstata ocorrem após os 65 anos, com o risco aumentando progressivamente com o envelhecimento;
  • Etnia: homens de origem étnica negra apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença;
  • Histórico familiar: o risco da patologia é de 2 a 3 vezes maior para indivíduos com parentes de primeiro grau, como pai ou irmão, que já tiveram o problema;
  • Exposições ambientais: a exposição a substâncias químicas, como cádmio, herbicidas, pesticidas e fumaça, está entre os possíveis fatores relacionados ao desenvolvimento do câncer;
  • Dieta: uma alimentação rica em carnes vermelhas e processadas pode aumentar o risco da patologia;
  • Obesidade e sedentarismo: o acúmulo excessivo de gordura corporal promove inflamações e eleva a produção de hormônios que podem prejudicar as células, contribuindo para o surgimento ou aceleração da doença;
  • Mutações genéticas: apenas 10% dos casos de adenocarcinoma estão associados a alterações hereditárias nos genes.

É importante destacar que compreender esses aspectos é fundamental para identificar grupos com maior vulnerabilidade, além de adotar medidas de prevenção e diagnóstico precoce.

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Quais os sintomas do câncer de próstata?

Em seu estágio inicial, a condição pode ser bastante silenciosa e os sintomas do câncer de próstata começam a surgir à medida que aumenta a gravidade da doença. 

Portanto, não é incomum que muitos homens não sintam nada fora do comum, quando o tumor ainda pode estar apenas no estágio primário, confinado à glândula.

Porém, com o avanço do câncer de próstata, os sintomas iniciais podem ser:

  • Dificuldades para urinar;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Diminuição do jato urinário;
  • Sangue na urina e no sêmen;
  • Disfunção erétil.

Nos estágios mais avançados, o tumor pode ir além da glândula e atingir a cápsula prostática, vesículas seminais, reto, esfíncter, músculos, nódulos linfáticos com ou sem metástase, ossos e outros órgãos.

Então, a partir desse avanço podem surgir outros sintomas de câncer na próstata, como:

  • Dores pélvicas ou ósseas (costas, quadril e até ombros);
  • Dor na região dos testículos ou perto do ânus;
  • Perda de peso;
  • Dormência ou fraqueza nos pés e mãos;
  • Infecção generalizada;
  • Insuficiência renal, etc.

Vale ressaltar que, nessa fase da doença, o exame de toque retal revela uma próstata muito dura e o PSA costuma estar bastante elevado. 

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Novembro azul: câncer de próstata e maneiras de diagnosticar a doença 

Se um indivíduo identificar alguns dos sintomas de câncer de próstata relatados acima, precisa procurar um médico urologista o mais rápido possível, para investigar a origem desses desconfortos.

Afinal, muitas patologias também podem deflagrar os mesmos sinais, como a hiperplasia prostática benigna (aumento da próstata), que não se trata de um tumor maligno.

Apenas um profissional pode conceder o diagnóstico correto a partir da investigação nas consultas e resultados de exames. 

Diagnosticar a doença precocemente aumenta as chances de cura, especialmente quando o paciente segue o tratamento adequado para o seu caso. 

Por isso, o ideal é que mesmo sem os sinais e sintomas de câncer da próstata, os homens comecem a passar por consultas regulares com um especialista a partir dos 40 anos e fazer exames preventivos.

Os exames mais comuns utilizados para identificar a enfermidade são:

  • Exame de PSA: é um teste sanguíneo que quantifica os níveis do antígeno prostático específico, uma substância gerada pela próstata. Níveis altos podem sugerir a presença de câncer, mas também podem ser atribuídos a outras condições não cancerígenas;
  • Exame de toque retal: este procedimento é rápido e sem dor, permitindo ao médico examinar o tamanho, a forma e a consistência da próstata, sendo essencial para identificar qualquer anomalia na glândula. Nenhum outro teste substitui o toque retal na detecção precoce de potenciais problemas prostáticos;
  • Biópsia: se os resultados do exame de PSA ou do toque retal gerarem suspeitas, o médico pode recomendar uma biópsia da próstata. Nesta abordagem, uma pequena amostra de tecido prostático é coletada para análise em laboratório, sendo o único método que pode confirmar a presença de um tumor.

Além desses testes, o especialista pode indicar outros procedimentos para auxiliar no diagnóstico, avaliar a extensão da doença e determinar a abordagem terapêutica mais adequada. Entre eles, estão:

  • Tomografia;
  • Ressonância magnética;
  • PET-CT, um exame que oferece informações detalhadas sobre o tamanho do tumor, áreas de metástase e potenciais recidivas, ajudando na escolha do tratamento e prognóstico;
  • Cintilografia óssea, que é utilizada para verificar se o câncer se disseminou para os ossos.

Principais estágios do câncer de próstata

Quando o câncer de próstata é confirmado, é preciso que o médico identifique a progressão da patologia para escolher o melhor tratamento possível. 

Os estágios do tumor são:

Estágios do câncer de próstata: T1: câncer não identificado no exame de toque da próstata; T2: tumor primário, limitado à próstata; T3: é quando a doença afeta também a cápsula prostática e as vesículas seminais; T4: o câncer invade outras estruturas próximas; N0: inexistência de metástases nos nódulos linfáticos da região da próstata; N1: existência de metástases nos nódulos linfáticos da região da próstata; M1: existência de metástases em outros órgãos ou ossos mais distantes da próstata.

Câncer de próstata: tratamento mais recomendado pelos profissionais 

Entre os tipos de tratamento do câncer de próstata, a cirurgia robótica vem sendo a opção ideal para tratar essa patologia. 

No entanto, existem outros métodos que podem ser recomendados em alguns casos, mas a abordagem terapêutica deve  sempre ser orientada por um urologista. 

Conforme o tamanho, classificação do tumor e idade do paciente, as indicações poderão ser:

Intervenção cirúrgica robótica

Usada como forma de tratamento para câncer de próstata, o procedimento robótico é uma técnica minimamente invasiva, considerada uma evolução da cirurgia laparoscópica para remover de forma cirúrgica os tumores da glândula. 

Com essa nova tecnologia, o cirurgião utiliza um robô para realizar o procedimento com precisão. A técnica é feita através de algumas incisões, tendo a maior cerca de 2 a 3 cm no abdome do indivíduo, local onde são inseridos quatro braços robóticos. 

Além disso, três deles são utilizados para carregar pequenos instrumentos que serão usados durante a operação. O último braço robótico é responsável por carregar uma pequena câmera, que fornece imagens 3D ampliadas do interior da próstata. 

Esses conteúdos são transmitidos para um monitor, permitindo que o especialista visualize e controle remotamente o movimento do robô durante a cirurgia. 

Vale ressaltar que realizar a cirurgia robótica, como forma de tratamento do câncer de próstata, é uma maneira muito menos invasiva do que a prostatectomia radical convencional, que envolve uma incisão desde o umbigo até a região pubiana. 

  • Prostatectomia radical: é uma dos tratamentos mais utilizados e que consiste na remoção da glândula via cirurgia;
  • Radioterapia: o tratamento é feito com aplicação de radiação em determinadas áreas da próstata para eliminar as células cancerosas. É mais orientado quando o câncer está localizado;
  • Terapia hormonal: esse método, normalmente, é usado para os casos mais avançados e consiste no uso de remédios para regular a produção dos hormônios masculinos, o que também vai ajudar a aliviar os sintomas;
  • Uso de medicamentos específicos.

O câncer de próstata tem cura?

O câncer de próstata tem cura desde que seja diagnosticado nas fases iniciais e que o tratamento seja iniciado em seguida. 

A propósito, quando o tumor é detectado nesse estágio, antes de apresentar sintomas, o tratamento oferece mais de 95% de chances de cura.

Dessa maneira, o tratamento para esse tipo de câncer envolve a realização de cirurgia para retirada da próstata, sendo capaz de ser complementada por radioterapia, quimioterapia ou uso de medicamentos para eliminar completamente a doença.

E o câncer de próstata avançado tem cura?

Para quem busca entender se o câncer de próstata grau 7 tem cura ou os casos mais avançados, é válido reforçar que em caso de diagnóstico tardio, quando a doença já se espalhou para outras regiões em forma de metástases, a taxa de sobrevida em cinco anos é de apenas 30%.

Como acontece a prevenção ao câncer de próstata? 

Já foi comprovado que diminuir os fatores de risco dessa doença é uma forma de prevenção. 

Ser adepto de uma alimentação saudável e com menos ingestão de gordura, principalmente, as de origem animal, ajudam a diminuir o risco de câncer de próstata. 

Sendo assim, outros aspectos que ajudam na prevenção do câncer de próstata, são:

  • Ter uma alimentação saudável;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Praticar atividades físicas;
  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. 

Tratamento para câncer de próstata com o Dr. Jonathan Doyun Cha

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O Dr. Jonathan Doyun Cha é especialista nos tratamentos clínicos e cirúrgicos das condições prostáticas, como o câncer de próstata, oferecendo diagnóstico preciso e atendimento humanizado, com avaliação criteriosa das condições da paciente para indicar a melhor abordagem terapêutica para cada caso, conforme gravidade dos sintomas.

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